terça-feira, 19 de agosto de 2014

FAB libera documentos sobre aparição de óvnis em São José

Parecer concluiu que aparição de objetos voadores não identificados nos céus da cidade em 1986 foi um ‘fenômeno sólido’.

Era uma segunda-feira como outra qualquer em São José dos Campos. Chegada a noite, a torre de controle do aeroporto da cidade via os voos rarearem. Mas algo inacreditável marcaria aquela noite na história do país. Às 20h15, os radares da torre detectam um objeto desconhecido pairando sobre a cidade, com comportamento estranho e inusitado.

No mesmo instante, o avião Xingu prefixo PT-MBZ, que trazia o coronel Ozires Silva, então presidente da Petrobras, também detectou as luzes. Mais do que isso: o piloto e Ozires as viram no céu, reluzentes e multicoloridas. “As luzes tinham presenças reais, eram alvos primários no radar, alvos positivos, uma coisa concreta”, lembra o ex-presidente da Embraer e atual reitor da Unimonte (Centro Universitário Monte Serrat).

Do chão, dezenas de pessoas também viram os objetos. “Recebemos mais de 60 ligações naquela noite”, diz o fotógrafo Adenir Britto, que trabalhava no jornal Valeparaibano na época.

Os radares em São Paulo e Brasília detectaram as luzes e acionaram jatos nas bases aéreas de Santa Cruz (RJ) e Anápolis (GO) para perseguir aquelas 21 luzes de forma esférica, que chegaram a 100 metros de diâmetro e se deslocavam a velocidades acima de 1.000 quilômetros por hora.

“Tentamos nos aproximar das luzes, mas desistimos. As luzes apagavam e acendiam em lugares diferentes. Observamos variações muito rápidas de velocidade”, diz Ozires.

Após oito horas de aparições inexplicáveis, as luzes sumiram tão repentinamente como haviam aparecido. Elas deixaram o céu para entrar para a história.

O episódio, que ficou conhecido como a “Noite Oficial dos Óvnis no Brasil”, ganhou um capítulo de ouro na semana passada: a liberação de documentos secretos das Forças Armadas com nada menos do que 50 anos de registros de óvnis no país, entre eles o caso de São José.

Trata-se do terceiro e mais importante lote de documentos confidenciais sobre óvnis liberados pelo governo federal, para alegria da comunidade ufológica.

“Considero esta mais uma medida extremamente positiva e transparente por parte de nossas Forças Armadas”, afirmou Ademar José Gevaerd, editor da revista UFO. “Como ela, o Brasil assume papel de vanguarda no mundo no que diz respeito à confirmação da presença alienígena na Terra”.

São José


Organizador da sexta edição do Fórum Mundial de Ufologia, em Foz de Iguaçu (PR), que ocorrerá em novembro deste ano, Gevaerd considera o caso de São José um dos mais emblemáticos da ufologia nacional.

Nos documentos secretos, o brigadeiro-do-ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, comandante interino de defesa aérea do então Ministério da Aeronáutica, conclui que “os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também de voar em formação, não forçosamente tripulados”.

Para Britto, que fotografou as luzes, o episódio ainda é um mistério. Ainda mais depois que os negativos das suas fotos foram confiscados pela Nasa, a agência espacial norte-americana.

Ufólogos do Vale criam expedição para ‘caçar’ ETs

Para muitos, eles foram considerados loucos. Para outros tantos, eram desbravadores do misterioso universo espacial. Na região, um grupo de ufólogos profissionais e amadores montou um expedição para “caçar óvnis”. Por ao menos duas décadas, eles colecionaram relatos de aparições de óvnis na região, além de realizarem diversas “buscas ativas” para flagrar algum episódio.

Um deles foi Walter Oliveira da Silva, ufólogo conhecido em toda a região. Ele relata uma marca circular de oito metros de diâmetro encontrada numa área da Aeronáutica em Guaratinguetá, em 1996, que intrigou os militares.

“O capim estava amassado no sentido horário e sem clorofila, havia vestígios de queimado no centro da marca e em quatro pontos ao redor da mesma. Toda a vegetação fora da marca encontrava-se intacta”.

Em São José, Mário Couto perdeu a conta de quantas madrugadas passou em áreas rurais na região buscando óvnis. “Foram incontáveis madrugadas na busca de seres extraterrestres. Admito que ainda não tive a experiência que sonhara ter com eles”, diz.

Fotos da época foram confiscadas


O fotógrafo Adenir Britto, de São José, ainda se pergunta o que foi feito das 36 fotos que ele fez dos óvnis que apareceram no céu em São José, em 1986. Na época, um mês após o episódio, o cientista J.J Hurtak, acompanhado de militares brasileiros, foi ao jornal onde Britto trabalhava e confiscou os negativos, que nunca foram devolvidos.

Fonte: Xandu Alves (ovale.com.br)

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